Sabemos que o agronegócio representa hoje o maior negócio da economia brasileira. Só em 2020, em valores monetários, o PIB totalizou 7,45 trilhões de reais.
Diante deste cenário de fomento financeiro-econômico, percebemos nitidamente o interesse das instituições financeiras em investir no setor. Na abertura da Agrishow 2022 que aconteceu nesta segunda-feira (25) o presidente da Caixa fez um discurso entusiasmado.
“Nosso foco agora é o agronegócio”, disse Guimarães. “Há um ano, a Caixa era o oitavo banco do setor rural, hoje somos o segundo. E até dezembro de 2024 seremos o primeiro. Caso contrário, eu entregarei o meu crachá”, prometeu, olhando diretamente para o seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, que participou da inauguração da feira.
Para quem não conhece, a Agrishow é uma feira internacional de tecnologia agrícola realizada em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. É considerada a segunda maior feira do tipo no mundo e a maior da América Latina.
“No cenário de disputa econômica, todos precisam estar preparados para a batalha, mas é necessário lembrar que o agronegócio é uma atividade cercada por riscos, sejam climáticos, políticos ou econômicos”, diz Julia Bastos, advogada especialista em agronegócio. “Temos muitas empresas do agro, temos grandes produtores, temos agtechs e temos bancos investindo fortemente no setor, mas vejo pouquíssimos procurando uma assessoria apropriada”. Julia afirma que os agentes da cadeia agroindustrial não conhecem as legislações específicas, como a lei de crédito rural. “Entramos com uma ação revisional para um produtor porque o banco não conhecia a lei, depois tivemos que recorrer porque o juiz também não conhecia”.
Cada vez mais as atividades agrárias estão ganhando a atenção de investidores, mesmo com o cenário dúbio pós pandemia e guerra entre Rússia-Ucrânia, as expectativas para o setor são positivas.
Por isso, se mostra cada vez mais necessária a presença de profissionais capacitados para a implementação e acompanhamento das atividades.